
Lounges de aeroportos evoluem para hubs de produtividade, oferecendo trabalho, descanso e bem-estar


A rotina do viajante corporativo mudou. O que antes era sinônimo de improdutividade — longas conexões entre voos — agora é percebido como ativo estratégico. Lounges de aeroportos oferecem hoje escritórios equipados, cabines para reuniões privadas, áreas de descanso e serviços de bem-estar voltados à performance.
“Relatórios recentes mostram que empresas seguem investindo em viagens com alto ROI e foco em eficiência”, aponta um documento divulgado pelo programa de fidelidade Priority Pass. “Nesse cenário, a infraestrutura aeroportuária se torna alternativa mais produtiva do que deslocamentos adicionais pela cidade.”
Três novas rotinas do passageiro corporativo
- Trabalho em trânsito
Espaços de coworking, Wi-Fi de alta capacidade, cabines telefônicas e salas de reunião já são padrão em lounges premium. Em uma escala de duas horas, é possível recuperar entre sessenta e noventa minutos de trabalho ininterrupto. - Sono e recuperação
Cabines para dormir, poltronas reclináveis e áreas silenciosas reduzem fadiga em voos longos. Chuveiros com amenities premium evitam custos de hospedagem apenas para banho e descanso. - Bem-estar integrado
Spas, massagens rápidas e cardápios funcionais ampliam o cuidado com a performance. Pesquisa global da Priority Pass com 12.000 viajantes indica que tecnologia integrada e serviços reduzem o estresse e aceleram o tempo de recuperação.
Tendência impulsionada por volume e custos
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) projeta 5,2 bilhões de passageiros em 2025, número recorde. Mais tráfego aéreo significa mais conexões e mais tempo disponível nos terminais.
Paralelamente, os gastos globais com viagens de negócios devem atingir US$ 1,57 trilhão (R$ 8,52 bilhões) em 2025, com foco crescente em produtividade e eficiência de custos.
Outro fator determinante é a digitalização da jornada: check-in, acesso a lounges e serviços adicionais já podem ser gerenciados em um único aplicativo.
Lounges como hubs de produtividade
A nova geração de salas VIP combina coworking, descanso e bem-estar. Em grandes hubs internacionais, viajantes encontram cabines de videoconferência, sleep pods e chuveiros. Em destinos de lazer, a diferenciação está em menus assinados por chefs e áreas de relaxamento.
Impactos no custo-benefício corporativo
Segundo dados do setor, os benefícios diretos incluem:
- Tempo produtivo recuperado: até 90 minutos em escalas de duas horas.
- Redução de custos extras: uso de chuveiros e áreas de descanso no aeroporto evita corridas curtas e tarifas de hotéis.
- Menor risco operacional: permanência na área restrita reduz atrasos em conexões.
- Qualidade das reuniões: menor fadiga resulta em maior efetividade nos compromissos no destino.
Estratégia para executivos
Especialistas recomendam que viajantes corporativos planejem itinerários considerando a infraestrutura de lounges, não apenas tarifas de passagens. Automatizar o acesso por aplicativos e definir objetivos por conexão — como descanso, reuniões remotas ou organização de e-mails — tornam a escala parte integrante da produtividade.
Em 2025, a eficiência nas viagens de negócios ocorre dentro do aeroporto. Para executivos e empresas, a escala deixou de ser tempo perdido e passou a ser uma etapa essencial de foco, energia e performance.
